Historia de : Peixinho
Tudo começou e eu nem me dei conta. Dois meninos são amigos e isso é super natural! O que não é muito natural é quando um desses meninos começa a gostar muito, muuuito, do outro amigo. Pois é, eu fiz isso!
Eu conheci ele muito de repente. Ele ria das minhas piadas... Pra gente ficar amigo foi um pulo! Todo dia a gente conversava quase durante todo o tempo que passavamos no colégio, e de bons alunos passamos a conversadores em poucas semanas. Eu adorava ele e todo mundo falava de como ele parecia gostar de mim, que beirava a admiração. Curtia isso, numa boa, sem maldade!
Foi numa terça-feira depois de um feriado prolongado que ele me contou que viajou e que nessa viajem ficou com não-sei-quantas e todas eram muito "gatas". Foi nesse dia que eu percebi que eu o enciumava, mas enciumava demais. Sequer rendi o assunto como todos os outros garotos fariam. Percebi que estava me sentindo sufocado e dei um jeito de sair correndo de perto dele.
Depois desse dia comecei a ouvir o que tava acontecendo no meu coração. Meu Deus do céu, eu estava completamente apaixonado e extremamente dependente dele. Eu queria que ele estivesse em todos os lugares que eu estava, queria que ele me contasse tudo da vida dele e que se preocupasse com toda a minha vida. Eu já achava que só eu tinha o direito de saber os segredos dele. E agora, a pior parte, eu estava cada vez mais inventando desculpas para abraça-lo, para sentir os abraços dele. Me doia por dentro o fato de não poder beijar nem o rosto dele por conta dos valores machistas que conhecemos. Eu sabia tudo o que ele gostava, decorei todos os movimentos dele, todas as reações para cada situação... E, como era de se esperar, eu chorei. Pranteei a noite inteira por semanas e semanas a fio.
O ano acabou e ele viajou denovo nas ferias de janeiro. Me ligou um dia, para matar a saudade e saber as novidades. Me arrependo muito de ter atendido o telefone. Se eu não atendesse não teria que escutar que ele perdeu a virgindade com uma garota. Ele era o unico virgem do nosso grupo de colegas e não tinha vergonha de assumir isso. Achava lindo isso nele e desejava que fosse eu a primeira experiencia sexual dele. Não fui... Mas sabe, o pior não é isso, o pior é cair a ficha de que ele jamais me desejou, que eu sou tão atraente pra ele como uma maçã é atraente pra um defunto! Doi muito e agora eu não sei o que eu faço.
"Eu não moro mais em mim..."
Eu conheci ele muito de repente. Ele ria das minhas piadas... Pra gente ficar amigo foi um pulo! Todo dia a gente conversava quase durante todo o tempo que passavamos no colégio, e de bons alunos passamos a conversadores em poucas semanas. Eu adorava ele e todo mundo falava de como ele parecia gostar de mim, que beirava a admiração. Curtia isso, numa boa, sem maldade!
Foi numa terça-feira depois de um feriado prolongado que ele me contou que viajou e que nessa viajem ficou com não-sei-quantas e todas eram muito "gatas". Foi nesse dia que eu percebi que eu o enciumava, mas enciumava demais. Sequer rendi o assunto como todos os outros garotos fariam. Percebi que estava me sentindo sufocado e dei um jeito de sair correndo de perto dele.
Depois desse dia comecei a ouvir o que tava acontecendo no meu coração. Meu Deus do céu, eu estava completamente apaixonado e extremamente dependente dele. Eu queria que ele estivesse em todos os lugares que eu estava, queria que ele me contasse tudo da vida dele e que se preocupasse com toda a minha vida. Eu já achava que só eu tinha o direito de saber os segredos dele. E agora, a pior parte, eu estava cada vez mais inventando desculpas para abraça-lo, para sentir os abraços dele. Me doia por dentro o fato de não poder beijar nem o rosto dele por conta dos valores machistas que conhecemos. Eu sabia tudo o que ele gostava, decorei todos os movimentos dele, todas as reações para cada situação... E, como era de se esperar, eu chorei. Pranteei a noite inteira por semanas e semanas a fio.
O ano acabou e ele viajou denovo nas ferias de janeiro. Me ligou um dia, para matar a saudade e saber as novidades. Me arrependo muito de ter atendido o telefone. Se eu não atendesse não teria que escutar que ele perdeu a virgindade com uma garota. Ele era o unico virgem do nosso grupo de colegas e não tinha vergonha de assumir isso. Achava lindo isso nele e desejava que fosse eu a primeira experiencia sexual dele. Não fui... Mas sabe, o pior não é isso, o pior é cair a ficha de que ele jamais me desejou, que eu sou tão atraente pra ele como uma maçã é atraente pra um defunto! Doi muito e agora eu não sei o que eu faço.
"Eu não moro mais em mim..."
Peixinho
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